"Mais uma porta para abrir no meu percurso"
.Em 2007, ficou conhecida do público pela participação no programa da SIC, Família Superstar, do qual acabou por se sagrar vencedora. Agora, em entrevista, Filipa Azevedo fala da sua participação no Festival da Canção 2010, das suas expectativas e da balada que apresentará em palco.
"Há Dias Assim" por Filipa Azevedo
Participa pela primeira vez neste concurso. Como encarou o convite para esta participação no Festival da Canção 2010?
O que poderá significar, para si, mais uma participação no Festival da Canção?
O convite foi-me feito pelo autor da canção, o Augusto Madureira, que me contactou para Londres. Disponibilizei-me para ouvir os temas que ele me mandou (quatro no total). Quando ouvi "Há Dias Assim" comovi-me e percebi de imediato que aquela era a canção que me correspondia. Depois de ter recusado um outro convite para participar no ano passado, desta vez aceitei mal recebi a proposta.
O que poderá significar, para si, mais uma participação no Festival da Canção?
O Festival da Canção consta do currículo de inúmeros e importantes cantores portugueses. Para muitos representou a consagração ou uma etapa decisiva no lançamento de uma carreira. Para mim espero que assim seja também: mais uma porta para abrir no meu percurso.
É uma balada de que gosto muito. Ainda me comovo quando a canto ou ouço. Tem uma melodia que mexe profundamente connosco e com os nossos sentimentos. Tem também uma letra profunda, sobre sentimentos que todos já experimentámos, pelo menos um dia: decepção e solidão... há dias assim, não há?
No seu ponto de vista, qual a mais valia que o tema apresenta para merecer a vitória neste concurso?
Há quem pense que o facto de ser uma balada é um factor negativo, que o tempo das baladas já passou, etc... Eu não penso assim! Basta pensar, por exemplo, na canção da Islândia, no ano passado. Uma canção ou é boa ou é má; ou se gosta ou não se gosta; ou mexe ou não mexe com quem a ouve. "Há Dias Assim" é, quanto a mim, uma canção muito forte em qualquer parte do mundo. Mesmo quem não entender a letra, não fica indiferente à melodia. É pelo menos esse o feedback que temos tido. Quem ouve, tem-nos realçado a unidade entre as palavras, a melodia e a voz!
Os dados estão lançados e a ordem de actuação nas semi-finais já foi decidida. Sente-se confiante na qualificação para a final do Festival da Canção 2010?
Sim, acho que não importa o número da canção, mas sim a canção propriamente dita e o meu comportamento em palco. Estou confiante, sim!
Relativamente ao novo formato do Festival da Canção, com uma ronda de qualificação on-line e duas semi-finais, qual a sua opinião acerca do recurso à internet e consequente implicação nas votações do concurso?
Ainda não consegui formar uma opinião sobre esse assunto. Há dias em que vejo grandes vantagens nesta forma de apuramento, mas outros em que detecto grandes desvantagens...
De forma breve, como descreve o seu estado de espírito a menos de um mês de pisar o palco do Festival da Canção 2010, numa das maiores salas de espectáculos do país – o Campo Pequeno?
Confesso que agora sim, estou já um pouco nervosa, mas esse nervoso miudinho faz parte da vida de um cantor... No meu caso acaba até por ser um estímulo, pois quando começo a cantar acabo por conseguir controlar esses nervos! Tem sido sempre assim. Não é excesso de confiança, mas tenho sempre pensamento positivo.
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Filipa Azevedo in Diário do Festival
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